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Fabrício Ferreira de Oliveira
Fabrício Ferreira de Oliveira
MD, MSc Clínica Médica & Neurologia
CRM-SP 116283

E-mail: fabricioferreiradeoliveira@hotmail.com
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3204275967717703

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Como lidar com problemas de memória


Distúrbios da memória são comuns em pessoas normais, podendo ocorrer em situações de estresse, como parte do envelhecimento normal, ou até mesmo como efeitos colaterais de medicamentos. Entretanto, também podem ser provocados por doenças mais graves, como a doença de Alzheimer, outras formas variadas de síndromes demenciais (comprometimento cognitivo vascular, degeneração fronto-temporal, doença dos corpúsculos de Lewy), traumas de crânio, acidentes vasculares cerebrais, tumores cerebrais, hipóxia cerebral (falta de oxigênio no cérebro que costuma ocorrer em situações de parada cardíaca), desnutrição, deficiência de vitaminas, hipotireoidismo, distúrbios da atenção, depressão e vários transtornos psiquiátricos em geral.

Não existe um centro específico relacionado pela memória no cérebro. De uma forma simplificada, várias regiões cerebrais são responsáveis por diferentes “tipos de memória”, sendo os mais importantes:
1. Memória episódica ou de curto prazo (hipocampos): ajuda-nos a recordar acontecimentos recentes, como um endereço onde estivemos ou um compromisso que acabamos de cumprir.
2. Memória de longo prazo (córtex cerebral): se a informação for suficientemente importante, ela sai dos centros da memória de curto prazo para o córtex cerebral, e é armazenada para que possamos nos recordar no futuro.
3. Memória operacional ou de trabalho (regiões frontais do cérebro): lembramo-nos de um número de telefone, um texto que temos que digitar, fatos que temos de declarar para uma pessoa com quem estamos conversando.
4. Memória semântica (regiões temporais do cérebro): lembrança de nomes de pessoas, fatos históricos.
5. Memória de procedimentos (cerebelo, núcleos da base): ajuda-nos a lembrar como andar de bicicleta, como dirigir, como nadar.

A perda de memória, quando em estágios mais graves, pode comprometer o desempenho das pessoas em suas atividades diárias, e também prejudicar seus relacionamentos com famílias e amigos. Mais de 50% das pessoas idosas queixam-se de problemas de memória, mas nem sempre isto significa que tenham algum tipo de doença.
O grande desafio na avaliação dos pacientes é diferenciar o que seriam alterações do envelhecimento normal e o que seriam problemas de memória causados por doenças mais graves. É natural que todas as pessoas tenham dificuldades com sua memória na medida em que envelhecem. O problema maior surge quando as suas atividades do dia-a-dia começam a ser prejudicadas.

O distúrbio cognitivo leve é um problema de saúde que envolve somente alterações em uma função cerebral, normalmente a memória ou a linguagem de maneira isolada. Os pacientes não se queixam de piora de seu desempenho em atividades do dia-a-dia. Alguns dos pacientes com distúrbio cognitivo leve podem desenvolver doença de Alzheimer ou outras formas de síndromes demenciais no futuro, com alterações de memória, linguagem, orientação espacial, reconhecimento de pessoas e objetos, e prejuízo no desempenho de tarefas simples. Entretanto, muitos indivíduos com distúrbio cognitivo leve permanecem durante anos somente com a dificuldade de memória que apresentavam no início.

Quando os problemas com a memória são mais graves, os pacientes começam a apresentar dificuldades com tarefas que realizavam normalmente. Podem esquecer as datas do pagamento de contas, ter dificuldades em lidar com dinheiro, não se recordar de onde foram guardados objetos pessoais (carteiras, chaves), trocar nomes de pessoas conhecidas, esquecer o fogo ligado com frequência, podem se perder quando saem de casa (e não conseguem voltar sozinhos), e muitas vezes podem começar a ouvir vozes e ver pessoas ou animais que não estão presentes.

Quando os problemas de memória tornam-se mais graves do que anteriormente, ou quando começam a afetar as atividades do dia-a-dia, é importante que as pessoas procurem atendimento médico para a correta avaliação de sua condição. Muitas vezes existe tratamento para as causas dos distúrbios de memória, com possibilidade de melhora da qualidade de vida dos pacientes.

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