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O que causa os abscessos e as fístulas anais?
Outras causas de fístula anal são a doença de Crohn e mais raramente neoplasias do reto e ânus e traumas obstétricos. As fístulas podem se abrir para a vagina e a bexiga em situações especiais.
Pode-se dizer que a fístula representa a evolução de um abscesso anal. Os abscessos e as fístulas são mais comuns em pacientes diabéticos e em portadores de imunodepressão e são ligeiramente mais comuns no homem do que na mulher.

Sintomas e diagnóstico
O abscesso anal geralmente se apresenta como dor na região anal ou perianal, em repouso ou durante as evacuações, pode ter forte intensidade e não melhora enquanto não tiver sido drenado.
Febre, calafrios e mal estar geral podem estar presentes. O quadro pode ser grave se acometer indivíduos diabéticos, obesos e imunodeprimidos, especialmente se o tratamento demorar a acontecer.

Já no caso das fístulas, geralmente o paciente tem história de abscesso prévio e a principal queixa é a saída de secreção amarelada e mal cheirosa em pequena quantidade por um orifício na pele próximo ao ânus. O paciente muitas vezes convive com isso por muito tempo, apresentando sempre pequenas manchas causadas pela secreção da fístula nas roupas íntimas. Pode haver diminuição e até desaparecimento da secreção por algum tempo, mas a dificilmente há cura espontânea sem o tratamento cirúrgico.

O diagnóstico do abscesso anal é simples e é feito pelo médico com inspeção, palpação, toque retal e anuscopia se o abscesso não for visível externamente. Eventualmente o paciente tem de ser submetido à sedação e à anestesia regional por causa da dor que pode ser muito intensa e não permitir o diagnóstico adequado.

Tratamento
O tratamento do abscesso anal e da fístula anal é cirúrgico.
No caso do abscesso é fundamental a drenagem que pode ser feita externamente, nos casos de abscessos anais subcutâneos e internamente (pelo reto), nos casos de abscessos periretais e ísquioretais. A drenagem pode ser feita com anestesia local ou com bloqueio (raqui ou peridural) em ambiente hospitalar ou ambulatorial. O uso de antibióticos é indicado especialmente nos diabéticos, obesos e imunodeprimidos. Ás vezes, o paciente apresenta drenagem espontânea do abscesso e o médico acaba realizando apenas um aumento do orifício de drenagem, limpeza local e curativos.

No caso da fístula perianal o tratamento também é feito com anestesia local ou do tipo bloqueio e consiste em se realizar uma incisão que une o orifício externo da fístula ao orifício interno. Na maioria dos casos o tratamento cirúrgico é simples e a ferida é deixada aberta (sem pontos para não haver infecção) para cicatrização por segunda intenção. Nos casos de fístulas complexas, onde há mais de um orifício externo e o trajeto fistuloso compromete a musculatura esfincteriana, o tratamento é mais difícil, ás vezes, tem de ser realizado em dois tempos e existe o risco de disfunção esfincteriana (incontinência anal). Nestes casos pode ser tentado o uso de colas biológicas que obliteram o trajeto fistulos, permitindo a cicatrização da fístula.
Quando estamos diante da doença de Crohn e de neoplasias o tratamento é diferente.

Sinônimos e palavras relacionadas:
abscesso anal, abscesso retal, abscesso subcutâneo, abscesso periretal, abscesso pelviretal, abscesso retroretal, abscesso ísquio-retal, abscesso intramuscular, abscesso transesfincteriano, fístula anal e fístula perianal.

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